Museu Nacional de Artes Decorativas

Situado entre o Paseo del Arte e El Retiro, este museu, criado em 1912 como Museu Nacional de Artes Industriais (em 1930 adotaria o seu nome atual), pretendia ser um espaço para a aprendizagem de artesãos, fabricantes, artistas e conhecedores das artes industriais, seguindo uma conceção similar à que tinha estado na origem de outros museus do mesmo tipo como o South Kensington Museum (hoje o Victoria and Albert Museum) de Londres e o Musée des Arts Dècoratifs de París.

O museu foi inicialmente instalado num piso da rua Sacramento, em pleno Madrid dos Áustrias. Em janeiro de 1934 é trasladado, por falta de espaço, para um pequeno palacete do século XIX, no número 12 da rua Montalbán, que até esse momento albergava a Escola Superior de Magistério, e que é atualmente a sua sede.

O museu possui mais de 70.000 peças, algumas das quais se encontram depositadas noutras instituições em Sevilha e Madrid, como La Granja de San Ildefonso.

Atualmente dedica-se mais à investigação e, apesar de a maior parte das peças serem espanholas, há um importante fundo de origem estrangeira que procura refletir as relações artísticas e as importações de objetos quotidianos e de luxo ao longo dos séculos.

É especialmente importante a coleção de arte oriental, cujo núcleo provém do conjunto acumulado por Carlos III para o Gabinete de História Natural. As artes decorativas ocidentais são as mais abundantes e incluem as artes do fogo (cerâmica, louça, porcelana, vidro), mobiliário, têxteis, ourivesaria e metalurgia, marfins, peles e couros decorados, presépios, obra sobre papel e alguma pintura e escultura.