A Fundação Casa de Alba apresenta no Palácio de Liria um projeto único da artista portuguesa Joana Vasconcelos, uma das mais destacadas criadoras do panorama artístico contemporâneo. Até 31 de agosto de 2025.
Joana Vasconcelos, reconhecida internacionalmente pelas suas esculturas e instalações monumentais, realizará intervenções nos salões e nos jardins do Palácio de Liria, integrando-as com algumas das coleções histórico-artísticas privadas mais importantes do mundo, que incluem obras de Velázquez, Goya, Rubens, Tiziano e Murillo.
Esta é a primeira vez que a artista lisboeta leva as suas obras a um grande palácio habitado, ao contrário de outras intervenções realizadas em espaços históricos, como o palácio de Versalhes, estabelecendo assim um diálogo especial entre as suas obras e o palácio, e também entre a própria artista e a figura do duque de Alba.
O primeiro salão do palácio contará com dois imponentes leões, Vigoroso e Poderoso, ambos elaborados em croché e fio de algodão. Estas duas figuras, situadas no hall de entrada neoclássico do palácio constituem o ponto de partida de um percurso que convida a descobrir alguns dos espaços mais íntimos do palácio, como a capela, aberta ao público pela primeira vez para esta exposição.
O grandioso lustre Carmen ficará suspenso na biblioteca, onde a casa de Alba conserva uma carta manuscrita de Prosper Merimée, autor da novela homónima que inspiraria a ópera do compositor Georges Bizet. O facto de ambas as peças se encontrarem no mesmo aposento do palácio estabelece a conexão entre a arte contemporânea e as diversas obras de arte presentes no Palácio de Liria.
A mostra inclui também obras de criação recente da artista, como Valkyrie Thyra, e outras mais icónicas, como Marilyn. Esta é, sem dúvida, uma ocasião única para conhecer a eclética obra desta artista internacional.
Créditos das imagens:
- Carmen (2001), de Joana Vasconcelos © Luís Vasconcelos
- Royal Valkyrie (2012), de Joana Vasconcelos © Luís Vasconcelos
- Retrato de Joana Vasconcelos © Kenton Tatcher